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. 2016 (W.I.P.)
Na literatura
clássica, a ode apresenta-se como um poema de estilo elevado destinado ao
canto. Com inspiração nas Odes escritas por Fernando Pessoa e no País Possível que Ruy Belo escreveu
durante o seu exílio, e partindo da atracção pessoal pela costa portuguesa e do
fascínio pela influência das forças de “destruição criativa” do neoliberalismo
discutidas pelo geógrafo David Harvey, Ode aborda uma das indústrias mais populares e
transformadoras das paisagens sócio-económicas da actualidade: o turismo.
Passadas estão as noções românticas da viagem como uma espécie de grand tour de auto-descoberta e desenvolvimento pessoal, o lirismo da paisagem natural e construída esvaneceu-se com o surgimento dos chamado “territórios lúdicos”, espaços definidos pelo sociólogo Luís Baptista como lugares construídos especificamente para o entretenimento e para o consumo programado. Um pouco por toda a costa portuguesa conseguimos testemunhar como os espaços destinados às práticas de lazer e de turismo de massas são pensados como um produto e os turistas como consumidores.
Estas dinâmicas de comodificação do espaço assumem uma escala nacional e acompanham as tendências globais de planeamento urbano e de mercantilização do imobiliário e mobiliário urbano e das suas comunidades autóctones, cuja identidade se vai gradualmente transformando e adaptando para acomodar os desejos do mercado de consumo de massas. Nesta lógica, a normatividade da oferta assenta na previsibilidade das experiências proporcionadas ao turista nos lugares destinados ao consumo, os quais, pelas suas características formais e de uso, se tornam em “não-lugares”, conforme definidos pelo antropólogo Marc Augé.
Desenvolvido ao longo da costa portuguesa, este ensaio observa o impacto nas paisagens naturais, construídas e sociais dos processos de comodificação territorial no âmbito das práticas turísticas neste lugar.
Passadas estão as noções românticas da viagem como uma espécie de grand tour de auto-descoberta e desenvolvimento pessoal, o lirismo da paisagem natural e construída esvaneceu-se com o surgimento dos chamado “territórios lúdicos”, espaços definidos pelo sociólogo Luís Baptista como lugares construídos especificamente para o entretenimento e para o consumo programado. Um pouco por toda a costa portuguesa conseguimos testemunhar como os espaços destinados às práticas de lazer e de turismo de massas são pensados como um produto e os turistas como consumidores.
Estas dinâmicas de comodificação do espaço assumem uma escala nacional e acompanham as tendências globais de planeamento urbano e de mercantilização do imobiliário e mobiliário urbano e das suas comunidades autóctones, cuja identidade se vai gradualmente transformando e adaptando para acomodar os desejos do mercado de consumo de massas. Nesta lógica, a normatividade da oferta assenta na previsibilidade das experiências proporcionadas ao turista nos lugares destinados ao consumo, os quais, pelas suas características formais e de uso, se tornam em “não-lugares”, conforme definidos pelo antropólogo Marc Augé.
Desenvolvido ao longo da costa portuguesa, este ensaio observa o impacto nas paisagens naturais, construídas e sociais dos processos de comodificação territorial no âmbito das práticas turísticas neste lugar.